domingo, 20 de março de 2016

Carta aberta ao Outono

Brasil, 20 de março de 2016,
Caro Outono,
Fico imensamente feliz com sua chegada. Parece que faz um ano que não lhe vejo. Na sua ausência, muitas coisas aconteceram. Logo no início de sua partida, ainda magoado com o abandono repentino, sim, tenho que admitir, passei excelentes momentos junto ao Inverno, chegando, em alguns momentos, até mesmo a pensar que seria mais feliz com ele. Entenda, você havia ido embora sem nem ao menos se despedir. Contudo, o inverno partiu tão logo chegou e veio a Primavera. E você sabe que ela nunca vem sozinha, dessa vez não foi diferente, trouxe a Rinite de mala e cuia. Como ela está diferente de você e do Inverno, cada vez mais parecida com o Verão. A sorte é que ela não ficou muito tempo, pois o Verão chegou cedo. A gente se prepara mentalmente e espiritualmente para isso, mas sempre sofre. Não posso mentir, tivemos bons momentos esse ano eu e o Verão, porém já não suportava mais seu temperamento acalorado, sua intensidade quase sufocante. Enfim, vamos falar do presente, peço que não esqueça de trazer, junto com você, por gentileza, brisas constantes, dias nublados, trabalhar sem transpirar, assim como caminhar pela cidade sem achar que irá derreter, temperaturas amenas ou baixas, fins de semana de filmes e leitura sem ar condicionado, massas e pizzas acompanhadas de um bom vinho e noites de edredom. A chave da casa está no mesmo lugar de sempre, se conseguir trazer as noites de edredom, nem precisa bater na porta, pois estarei dormindo. Ansioso por sua chegada.
Abraços,

Seu fã número 1

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