Destruidor de Mundos
- Não! É a última vez
que aviso.
Sentou com a cara amarrada na beirada
da pequena calçada que cercava a casa. Por que não podia mexer na máquina de
cortar grama? Já havia bolado toda a história, todo o enredo, a Floresta Negra,
uma pequena porção de ervas que haviam crescido mais do que devia, seria
devastada pela máquina trituradora do Alto Império, sob tutela do Comandante-Mor
General do Escuro. O pai era um destruidor de mundos, será que ele tinha ideia
do que desfazia? Chutou uma pedra com raiva, durante sua trajetória, a pedra
tornou-se um bólido recém-lançado de uma catapulta, passou rasante uma aeronave
com receptores em forma de antena camuflada em uma profusão de cores, e
chocou-se contra a cerca que protegia o castelo inimigo, repleto das mais
horrendas criaturas, que se alvoroçaram com seu impacto, prontas para o
eminente embate. O Cavalheiro Solitário montou seu feroz alazão, vestiu sua
máscara de combate, e foi em direção à guerra.
- Pela última vez,
Carlinhos. Solta o Leão, tira esse pano de prato do rosto e sai de perto da gaiola dos pássaros!
Era um triste dia para o
Cavalheiro Solitário e o General do Escuro. Ele foi para dentro de casa, mas,
de repente, viu-se em uma caverna cercada de inimigos, precisava atacar
imediatamente.
- Carlinhos, o sofá! –
gritou, estranhamente, uma nativa do local...
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