Gosto de ver a
passagem de ano como um ritual necessário. Sim, é o calendário que muda, mas a
necessidade de mudança existe dentro de cada um de nós. É quase um alento, uma
espécie de política “pão e circo” usada pelo Tempo para não desistirmos e deixarmos
esmorecer nossas esperanças. Assim, promessas não cumpridas podem ser
renovadas, “ano que vem não comerei mais besteiras”, “ano que vem mudarei o
ritmo da minha vida”, “ano que vem realizarei meu sonho”. O termo “ano que vem”
é o botão de reset que faz com tenhamos a possibilidade, mesmo que psicológica,
de reiniciar a configuração. Eliminar os ajustes indevidos e voltar o mais próximo
possível da nossa “configuração de fábrica”.
Os fogos de
artifício, as peças de roupas novas, a espera da meia-noite e os pratos
especiais são todos os elementos fundamentais nessa reestruturação no “maquinário”.
Além disso, o
fim de um ciclo serve como momento para pararmos e analisarmos tudo o que
passou. Pesar, ponderar e certificar se estamos no rumo certo, se nossas
escolhas foram as corretas. Muitas vezes, é nesse instante que verificamos que
por mais que a vida possa ser dura e “cruel”, há muito para agradecer e se
orgulhar.
Em vez de
feliz ano novo, deveríamos desejar coragem, ousadia (talvez, sirva a da música)
e audácia! Quem sabe de posse desses sentimentos, possamos efetivamente alterar
o indesejável e realizar a manutenção do que vem dando certo.
É assim que
acredito que tenha que ser encarado a passagem de ano. Contudo, isso não passa
de um mero achismo.
Coragem, ousadia e audácia a
todos!!
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